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Adnet e o limite d'O Dentista Mascarado





Marcelo Adnet é um dos caras que eu mais admiro pelo humor rasgado e respeitoso - se é que isso é possível em época de Rafinha Bastos e Danilo Gentili. Há tempos acho Adnet sensacional e esse sentimento só ficou ainda mais escancarado depois do Adnet Viaja, programa que ele estudou anos e conseguiu executar ano passado pela MTV.

Bem, a liberdade poética ou humorística sempre permitiram ao Marcelo "voar" (no sentido de Glória Perez mesmo)  e era justamente essa falta limite e o incentivo ao improviso que fizeram de Adnet o cara genial. Isso tudo lhe foi roubado uma vez que assinou contrato com a Globo. Eu relutei para admitir tal retrocesso do talento do ator, mas depois de tentar - e não conseguir - assistir à estreia do Dentista Mascarado, resta lamentar não poder observá-lo crescer profissionalmente.



O Dentista Mascarado é um desastre e limita o talento de Adnet. Sem falar que não houve entrosamento dele com o resto do elenco. Taís Araújo não é nem nunca será comediante. Colocá-la para trabalhar com Adnet e Leandro Hassun é um estrago. Ninguém percebe isso?

Como falei, tentei, mas não consegui terminar o episódio de estreia que dura apenas 30 minutos. A coisa é ruim mesmo. Soube que a audiência no horário foi extraordinária, mas se continuar assim, é tragédia na certa, contrariando a chamada inicial do programa.

O seriado é o seguinte: o doutor Paladino (Adnet) é um dentista filho de um militar (que teve o pai militar) e por vir de uma família tradicional-conservadora, o fato de ser "apenas" um dentista e não combater o crime é vergonho para o pai. O que Paladino faz?  Une-se a Sheila (Taís Araújo) e Sérgio (Leandro Hassun) para se tornar o cara corajoso. Desajeitado (sem graça), Paladino continua sendo o dentista durante o dia e à noite segue a vida louca de investigar crimes e se vingar dos bandidos. OK.

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