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Draper, amor e ódio



Mulheres submissas, universo machista reinando, racismo à flor da pele. Estes são alguns ingredientes da série da HBO Mad Men, que conta a história do publicitário Don Draper (o poderosíssimo Jon Hamm) a partir de sua rotina na agência de propaganda que é funcionário e, posteriormente, se torna um dos sócios. Draper é o melhor diretor de criação da Madison Avenue, em Nova York, e, por isso, é cobiçado pelas concorrentes e considerado referência na sua área profissional. Galã e boa pinta, o cara consegue ser lindo, charmoso e só.

O problema é que tudo em Don não tem um meio termo. Ou você ama ou você odeia. E por ser Mad Men um programa que relata o final da década de 1950 e início dos anos 1960, todos os valores levados em consideração naquela época são, hoje, veementemente criticados. Draper tem três filhos pequenos e uma linda mulher, Betty, que apesar de jovem e disposta ela não passa de uma dona de casa recalcada.

[A partir de agora o texto pode  conter SPOILERS]

Mas quando a senhora Draper se cansa do tédio e descobre que tem valor fora do casamento, ela parte para outra. Enquanto a mulher cuida do lar e dos filhos, Don segue vivendo a vida louca, com cigarros (sempre Lucky Strike), o bom e velho scotch e muitas mulheres para fazer jus a tanta masculinidade.

O casamento já não é mais essas coisas e até certo ponto Don e Betty estão juntos só por causa das crianças. O desfecho da história não poderia ser outro senão o término da união. Então na quinta temporada o público conhece um novo Draper, apaixonado pelo novo affair, dedicado aos trabalhos domésticos e, acreditem, fiel. Todo sentimento ambíguo das temporadas passadas são questionados na temporada mais recente da série.

Basta saber se o maior galã da TV na minha humilde opinião continuará arrancando suspiros da plateia feminina ou voltará a ser o mad man de outras épocas.

Sexta temporada

Embora o currículo dos criadores de Mad Men seja repleto de prêmios, entre eles o de Melhor Série Dramática pelo Emmy, o programa já passou por altos e baixos e, inclusive, foi ameaçado de ser cancelado na quarta temporada. Os investimentos eram exorbitantes e o canal de televisão questionou se tanto dinheiro valeria o programa. Lógico que sim. Após mais de um ano de intervalo e produção, Mad Men apresentou uma quinta temporada arrasadora. Com debates mais aprofundados sobre os Estados Unidos na década de 1960, o cenário cultural da época e, lógico, os conflitos dos personagens bem mais escancarados.

 O fato é que Mad Men não estreou em setembro, quando as séries costumam iniciar novas temporadas. Mais uma vez, a produção abidicou de alguns meses para entrar no ar com o melhor que a HBO pode proporcionar. A novidade é as filmagens começaram em outubro e o casal protagonista foi ao Havaí. O teor da viagem ainda é mistério. Mas as especulações giram em torno de uma segunda lua de mel, trabalho de Don ou Maggie e até um viagem brinde para os atores da série.

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Welcome to fucking Deadwood!


Deadwood não é para fracos. Esqueça aqueles spaghetti westerns antigos, com a imagem romântica do pistoleiro de mira perfeita e belos closes de câmera. Na série lançada pela HBO em 2004 e que durou até meados de 2007, os caubóis fedem, cospem na cara dos outros, brigam no punho até a morte, esfaqueiam pelas costas, martelam a mão do inimigo e jogam cadáveres para os porcos comerem. Depois, claro, ainda comem a carne assada do porco.

É nesse cenário realista que as três temporadas do programa trouxeram à tona o lado caótico do período conhecido como Velho Oeste, com corrupção política, assassinatos, prostituição e outros assuntos. Tudo isto gira em torno de um novo campo de mineração nos Estados Unidos chamado de Deadwood. Com a oportuindade de ganhar dinheiro, várias pessoas foram para a região, onde foi sendo criada, aos poucos, a cidade de mesmo nome.

Esta história aconteceu na vida real e o seriado traz personagens históricos como o xerife Seth Bullock (Timothy Olyphant, de Justified, Dreamcatcher e Hittman), o "empresário do ouro" George Hearst (Gerald McRaney), a aventureira Calamity Jane (Robin Weigert) e a lenda Wild Bil Hickock (Keith Carradine), um dos homens-da-lei mais conhecidos do Velho Oeste. Em Deadwood, é interessante ver a forma como os roteiristas abordaram o momento da morte de Hickock, que teve um forte impacto cultural (não vou dar maiores detalhes aqui para não mandar spoilers).

É no personagem Al Swearengen que a série vê seu ponto forte. O ator Ian McShane (The Pillars of the Earth) rouba a cena com uma atuação perfeita e apaixonante, impecável, talvez a melhor que eu tenha visto em programas americanos. McShane ganhou o Globo de Ouro pelo seu trabalho em 2004.

Outro fator importante está relacionado aos diálogos, muito bem elaborados e recheados em palavrões, que não são tão modernos. Ao invés do atual "motherfucker", as pessoas de Deadwood preferem "cocksucker". Ainda assim, as variações de "fuck" são mais utilizadas, como pode ser visto abaixo em um vídeo feito por fãs.

É uma pena que Deadwood tenha acabado após três temporadas. Ainda se especulou a possibilidade de serem produzidos filmes para fechar a história, mas a ideia não andou. Para quem gosta de bons seriados e boas atuações, tem de dar um jeito de assistir. Como diz Al Swearengen, "welcome to fucking deadwood!"

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A vida a sete palmos do chão


A Sete Palmos da Terra é uma expressão corriqueira utilizada quando alguém morre ou está prestes a deixar o mundo dos vivos para habitar o chão de um cemitério. Incoerentemente a morbidez das palavras foi escolhida para dar nome à série da HBO Six Feet Under, lançada em 2001 e concluída em 2005. Eu sei, faz é tempo que ela terminou e muitas pessoas nem sequer sabem que o programa televiso existiu. O interessante é que essa série é bem contraditória e foge totalmente do padrão das modinhas que são transmitidas hoje na TV. E embora o título remeta à morte, este é um programa que fala da vida e dos laços afetivos construídos enquanto respiramos.

Morbidez dos Fishers e agregados
Six Feet Under conta a história da família Fisher, que aparentemente tem valores bem conservadores, mas com alguns episódios descobre-se que tudo não passa de aparência. Em cada episódio, uma pessoa morre e os cuidados da vítima (maquiagem, velório, caixão, etc.) ficam por conta da funerária que funciona no subsolo da casa dos Fishers. O empreendimento é responsabilidade do patriarca da família, Nathaniel, que logo no primeiro episódio morre e passa seus bens, inclusive a funerária, para os filhos herdeiros, Dave e Nate.

A série aborda com muito delicadeza e sensibilidade a nova rotina da família, que foi pega de surpresa com a morte do pai e com a obrigação de seguir os planos de Nathaniel. A partir disso, os personagens são construídos cheios de conflitos, sobretudo, psicólogicos. E a cada episódio a gente percebe que a ficção não se restringe ao seriado. Descobre-se que os Fishers poderiam ser a família vizinha ou até nossa própria família.

HBO feelings

Claire, Nate, Ruth e Dave 
Six Feet Under é um produto de qualidade. Tem início, meio e fim. Ela não é como aquelas séries que se estendem temporadas a fio enrolando o coitado do telespectador. São cinco temporadas de aproximadamente 13 episódios cada. E 50 minutos de pura introspecção. Características da HBO, que só se mete a fazer produto de primeira.

Apesar do tema mórbido, o roteiro da série não é cansativo, pelo contrário. Há momentos de humor sarcástico e bem besta. Esta é uma narrativa humana. Complexa, cheia de erros cometidos pelos personagens, que são humanos e, por isso, fazem escolhas duvidosas e estragam relações. 

O melhor episode finale ever

Eu já assisti algumas séries, a maioria delas consegui chegar ao episódio final. Lost, que prendeu milhares de fãs ao longo das seis temporadas e criou muita expectativa em torno do que realmente aconteceu com os sobreviventes na ilha, depecionou com aquele final clichê, na minha opinião, vale lembrar. Agora, Six Feet Under arrasa com o melhor final de série de todos os tempos. Não posso contar muito para não dar spoiler caso alguém se interesse em assistir ao programa. Só posso reforçar que vale muito a pena separar um tempinho e conhecer a vida e morte dos Fishers.

Personagens


Claire Fisher (Lauren Ambrose) - Ela é a “menininha” da série apesar de não assumir o perfil da moça desprotegida. Claire é a filha caçula do casal Fisher, irmã de Nate e Dave e começa a série no auge dos seus 17 anos, terminando o equivalente ao ensino médio brasileiro. Ela é bem moderninha - ou até pós-moderna - e cheia de conflitos: sexuais, psicológicos, familiares.

David Fisher (Michael C. Hall) - Filho do meio da família, homossexual e o mais dedicado ao empreendimento deixado pelo pai. Além de ter na sua cabeça a opção sexual bem definida, Dave sofre e é tolhido pela congregação da igreja que  faz parte. Sim, ele é homessuxual e bastante religioso. Para quem gosta de Dexter, vai se divertir com outra versão do ator C. Hall, que também arrasa como gay.

Elenco principal da série
Nathaniel Fisher (Peter Krause) - Filho mais velho e rebelde. Saiu de casa muito jovem para ser independente em outra cidade, Seattle. Quando descobre que o pai falaceu, Nate retorna ao lar para se despedir do patriarca e cuidar da família, que sente muito sua ausência.

Ruth Fisher (Frances Conroy) - Matriarca dos Fishers e super conservadora com os três filhos. É como quase toda mãe, dona de casa que depende do marido para as despesas da casa. Parece que a viuvez a guiaria para um cenário ainda mais deplorável, mas Ruth toma um caminho que surpreende os filhos a cada episódio.

Keith Charles (Mathew St. Patrick) -Policial e namorado do Keith.

Frederico Diaz (Freddy Rodriguez) - Único funcionário da funerária Fisher. Ele fica tanto tempo trabalhando no subsolo da moradia que é praticamente um membro da família.

Brenda Chenowith (Rachel Griffiths) - A namorada louca e problemática de Nate.

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Quem é (foi) Nucky Thompson?

A HBO é conhecida por realizar um bom encontro de realidade e invenção em grande parte de suas séries. A ficção histórica traz um ar de reflexão sobre até que ponto o que está sendo visto na tela da TV (ou do computador) aconteceu ou não. Dentro desse contexto, vemos questionamentos surgirem em torno de vários personagens - um deles é o gângster Nucky Thompson, de Boardwalk Empire, interpretado pelo premiado Steve Buscemi.

Em meio à era de proibição de bebidas alcóolicas nos Estados Unidos, instituída no país em 1919, Nucky surge como o "dono" de Atlantic City, em New Jersey, pelo seu poder político e econômico de manipular e corromper pessoas. Com isto, faz seu comércio ilegal e constrói um império com a venda de álcool.

O personagem foi inspirado em Enoch L. Johnson  (1883 –1968), conhecido como Nucky Johnson. A mudança de nome para o seriado foi uma estratégia para que os roteiristas tivessem liberdade criativa e não precisassem se apegar a todos os detalhes. Mas ainda assim os principais traços de personalidade foram mantidos.

Nucky Johnson, o original, com gravata borboleta
Nucky Johnson era conhecido por ser generoso em gorjetas e dar dinheiro a pessoas necessitadas. Era um benfeitor para os mais distantes e tinha um estilo "paizão" para os mais próximos. Ainda assim, quando se tratava de negócios, era duro para manter o que havia conquistado, ainda que não exista registros de que tenha mandado matar alguém.

Na série, a versão ficcionalizada não só ordenou execuções, como também assassinou. Além disso, se viu envolvido em embates ou alianças estratégicas com outros poderosos do crime organizado na época. Quanto à vida pessoal, em Boardwalk Empire Nucky teve um segundo casamento em 1921, inexistente na realidade até 1941.

Boarwalk também tem outros chefes do crime organizado, como Johnny Torrio, Al Capone, Arnold Rothstein e Joe Masseria. A produção executiva é de Terence Winter e tem contribuição de ninguém menos que Martin Scorcese. A quarta temporada já está garantida. Para quem não conhece, segue abaixo o trailer legendado da primeira.

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