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O (des)controle de Norma Bates

A mãe de Norman é um retrato de toda mulher. Já a primeira temporada de Bates Motel foi um arraso

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Dexter encurralado na season finale

Uma das únicas cenas de sexo da série. E foi quente! 
Conceber a ideia de Dexter realmente amar outra pessoa senão a irmã Debra e o filho Harisson é coisa complicada. Nem Rita, tampouco Lumen foram contempladas com palavras de afeto (se não me falha a memória). Além do amor revelado por Hannah, a sexta temporada de Dexter é uma das melhores por colocar o personagem em uma encruzilhada quase sem saída. O 11º episódio, "Do you see what I see?",então, contextualizou uma série de acontecimentos, mas pecou em outro muito importante. Dexter é um vilão inteligente, tem um código e o segue à risca, não mata só por matar e, antes de cometer um crime, ele pensa.

Muito fofinho de troca de presentes do Natal
Pensar é importante quando se é um serial killer, Dex sabe disso e não dá um passo adiante sem antes raciocinar as consequências. Qualquer pessoa que acompanha o programa saberia que colocar Hector Strada em liberdade condicional era uma isca para pegar Dexter no flagra. Ele também saberia disso por causa da conversa que teve minutos antes com Matthews, em que o amigo conta que LaGuerta desconfia que Dexter é o verdadeiro Bal Habour Butcher. O cara explica passo a passo o caminho traçado por LaGuerta e, lógico, matar o assassino da mãe colocaria mais evidências sobre o psicopata Dex.

Ponto negativo para os roteiristas, que subestimaram o telespectador. Há de ter outra forma de encurralar o cara sem seguir o caminho mais óbvio. O público merece reviravoltas inteligentes.

Por outro lado, achei legal antecipar o momento que Dexter finalmente desconfia da amada Hannah. Apesar de ficar aparentemente claro que a loirinha envenenou Debra, acredito que o golpe foi da irmã para que Dexter fique contra o novo affair. Mas também era bem lógico que em alguma hora ela tentaria envenenar ou Dexter ou Harrison ou Debra. Basta saber agora se ela vai entregar o segredo dele ou vai manter sigilo.

Spoiler da season finale




Pelo que se pôde ver no vídeo promocional do último episódio, LaGuerta terá provas contra Dexter e o prenderá. Deve ser dessa forma que a temporada termina. No entanto, antes de Dex ser pego, ele conversa com o pai sobre a possibilidade de fugir com Debra e Harrison. Mas a chance de isso acontecer é mínima, afinal, nem ele nem a irmã abandonariam a rotina na Miami Metro Police para seguir uma vida nômade.

Enquanto isso Hannah será julgada e enfrentará Debra. No discurso, a loira chama a rival de hipócrita por saber dos crimes do irmão e não tomar nenhuma atitude.

Cena do último episódio Surprise Mutherfucker! traduzida pela equipe do Dexter Brasil



Dexter versus Romance

É atraente a ideia de ver Dexter com um par romântico. Afinal, o público gosta do joguinho de amor e das cenas de beijo e sexo. Deixa o programa mais legal. Apesar do apelo, Dexter não precisa tanto desses momentos. Sei lá. O personagem sozinho já é extremamente complexo para colocar outra relação complicada na história (porque casal na televisão é sinônimo de confusão e gritaria). Então esses compromissos esporádicos já suprem a necessidade de romance.


Dexter nunca daria certo com Rita e ela só foi importante pois deu a Dexter o herdeiro e o deixou mais humano. Ofereceu algo quase impossível para um serial killier, a ideia de ter uma família e protegê-la. Lembro uma vez que Dexter disse que o que fazia de Rita atraente era o fato de ela ser damaged (estragada) pelo sofrimento que teve com o ex-marido. E, de certa forma, essa "deformação" simbólica os aproximou.

Com Lumen a coisa foi completamente diferente. Ele não parava de falar que ela o completava, o compreendia e, por isso, era perfeita para ficar com ele. No entanto, o amor apareceu. E por Lumen respeitar o dark passenger, mas não se identificar com ele, foi embora. Das três, Hannah é a melhor. Mas por ter o hábito de matar, se torna sorrateira e digna de desconfiança. Apesar de muitas características em comum, uma hora a relação explodiria, como previu Dexter no início da temporada.

A conferir.


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Jax Teller em versão Sympathy for the Devil

Charlie Hunnam interpreta Jax Teller em Sons of Anarchy

A música não poderia ter sido mais perfeita para o final do season finale da 5ª temporada de Sons of Anarchy. Sympathy for the Devil, em uma versão moderna de Jane's Addiction, traz o desfecho de uma temporada que viu o personagem principal, Jax Teller, criar uma verdadeira simpatia com o demônio - andando sobre uma linha tênue do abismo que guarda seu lado mais obscuro.

Aquele jovem sonhador que queria mudar seu clube de motociclistas para melhor - baseado nos relatos do diário de seu pai assassinado - percebeu que no mundo de anarquia em duas rodas não dá para ser bonzinho. A transformação do protagonista do episódio piloto da série até este foi muito bem conduzida por roteiristas e diretores - algo do mesmo nível que passou Walter White, de Breakind Bad (que será tema de um post num futuro próximo).

Nesta temporada, deu para ver o pior de Jax. Até a própria expressão no rosto do ator Charlie Hunnam está mais cansada, como se ele sentisse de verdade o fardo pesado que seu personagem está carregando. Jax mostra que ainda consegue tomar decisões importantes, como a que dá a reviravolta na história de seu trato com Damien Pope e até a que rende um final mais do que especial para seu padastro e rival Clay Morrow.

Mas é exatamente nas decisões certas que os efeitos colaterais insistem em se apegar. Ao mesmo tempo em que corrigiu os efeitos de um problema sério com a Justiça, Jax teve que corromper sua esposa, a médica Tara Teler, envolvendo-a em um incidente que culminou no assassinato de uma enfermeira. Além disso, arrumou um novo inimigo (irmão da morta), que promete dar o tom violento das ações na sexta temporada (esperada com ansiedade por este blogueiro).

O lado Sympathy for the Devil de Jax teve um tom mais ativo nesta temporada por conta da morte de um personagem importante - quem viu esta temporada, já sabe de quem estou falando. Aquilo mexeu com o seu coração e o tornou mais amargo, cruel e até mesmo perdido em certos momentos. Agora, sabe que tem de ser mal de verdade para conseguir sobreviver, mas não sabe qual o limite para atingir seu objetivo inicial - de ver o clube que é presidente, o Sons of Anarchy, sobreviver de atividades lícitas.

Se era visto por alguns dos membros mais antigos como um fator que poderia mudar a história de sangue dos Sons, Jax resume, em uma frase, durante um diálogo no final do episódio, que o sonho dos companheiros pode ser uma utopia. "Talvez eu não seja tão diferente".

A música Sympathy for the Devil tem uma linha que diz: "Prazer em conhecê-lo, espero que advinhe meu nome". No conhecimento geral e no da canção, trata-se do demônio. Mas na cidade ficcional de Charming Heights, ele pode ser chamado de Jax Teller.

OBS 1: Para quem não reparou, o guitarrista Dave Navarro, do Jane's Addiction, faz uma participação especial nos dois últimos episódios como primo de Nero Padilla (interpretado pelo ator Jimmy Smits, conhecido dos fãs de Dexter). Outro guitarrista que aparece brevemente é DJ Ashba, do Guns n' Roses.

Guitarrista Dave Navarro (no centro), do Jane's Addiction, em participação especial
OBS 2: Este post vai especialmente para Pedro Moreira, Diego Ataíde e Hugo Millet, fãs de Sons of Anarchy

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Cooper's house no The Godfather

Fui ao Vivo Open Air assistir pela primeira vez na vida o The Godfather. É...uma vez eu tentei assistir à trilogia, mas confundi os filmes e ao invés de pegar o primeiro, pulei para o segundo e o resultado não poderia ser outro: em meio a tantos personagens eu consegui entender nada. Além de muito sangue e reviravolta, o Poderoso Chefão me pregou uma surpresa. Estou eu lá no maior cinema ao ar livre do mundo prestando atenção em tudo e em todos quando a mansão de Marissa Cooper, do The OC, surge como cenário da máfia italiana nos Estados Unidos.

Lar dos Coopers e local da cena famosa da cabeça do cavalo no Poderoso Chefão
De imediato cutuquei a amiga Renata e comentei, "a casa de Marissa, a casa de Marissa". A louca do cinema. O fato é que The OC me faz lembrar a adolescência e como naquela época tudo era simples. Encontrar um pedacinho de um dos seriados que mais desperta nostalgia no meu ser me fez querer antecipar esse post sobre o programa póstumo.

A trama não tem nada de elaborada. Muito pelo contrário, o seriado conta a história de Ryan Atwood (Benjamin McKenzie), um jovem humilde de 17 anos que acaba cruzando com o Sandy Cohen (Peter Galleagher), advogado riquíssimo que mora em Newport Beach, na Califórnia, onde a classe média alta faz festas todos os dias e vive esbanjando sua fortuna.

Ryan, que foi abandonado pelo pai e a mãe se tornou alcoólatra, cai no gosto de Sandy, que resolve cuidar da educação do jovem. Ele vai morar com a família Cohen, que tem o filho Seth e mãe Julie. Após a adaptação de todos, Ryan é considerado o segundo herdeiro do casal e eles vivem felizes com suas riquezas. Enquanto isso, as amigas inseparáveis Marissa Cooper (Mischa Barton) e Summer Roberts (Rachel Bilson) também fazem parte do mesmo ciclo de amizades, festas, jogações e completam o quarteto fantástico de adolescentes em Long Beach. Só amor.

Ryan, Marissa, Seth e Summer <3 <3 <3 <3
No entanto, até que todos consigam terminar felizes para sempre, muito drama rola em The OC. E é justamente esse conflito que me atrai, até porque todo mundo na adolescência deseja mil coisas, se arrisca na vida e muitas vezes quebra a cara. Dessa forma não tem como não se identificar com pelo menos um dos personagens em algum momento.

Califórnia here we come - música de abertura da série

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De Episódio em Episódio


Dexter, Modern Family, The Office, Deadwood, Bordwalk Empire, Breaking Bad, Six Feet Under, House, Friends, New Girl, Game of Thrones, Seinfeld, Gossip Girl, Girls, Rome, The Tudors, Mad Men, Homeland, Lost, Arrow, Revenge, The Newsroom, How I Met Your Mother, Glee, The Big Bang Theory, Dawson's Creek, The OC, Damages, Pam Ann, American Horror Story, Go On...

Tanto ócio criativo e informação inútil não poderiam se perder no vácuo da vida. Foi então que surgiu a ideia de fazer um blog sobre os programas que adoramos. Nós, Gabriela e Elias, gastamos nosso tempo assistindo  aos seriados e achamos essa prática uma das coisas mais prazerosas do mundo. Levamos tão a sério esse negócio que resolvemos registrar nossas impressões no De Episódio em Episódio.

A ideia é não ter uma fórmula certa ao escrever. É evitar partir de um modelo que se estenda pelo blog como um gesso. A ordem é deixar rolar, de forma divertida, da mesma forma que é se sentar na frente de uma televisão ou do computador e assistir aquele episódio que esperamos durante toda uma semana, presos no cliffhanger que nos fez roer as unhas dos dedos durante todo este tempo.

E se você ficou chateado porque seu episódio favorito não foi citado no primeiro parágrafo, fique tranquilo... Também queríamos escrever todos os que gostamos, mas esta apresentação é só para dar boas-vindas. Use seu tempo lendo os textos, pensando em sugestões e, quem sabe, enviando material como colaborador.

De episódio em episódio, esse espaço vai virando não só de Elias e de Gabriela, mas de vocês também.

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Mid Season Finale de The Walking Dead

Promo do episódio nove, previsto para ir ao ar em fevereiro de 2013

[SPOILERS - Não leia se não chegou ao episódio 8 da terceira temporada]

Eu sempre fui fã do gênero suspense/terror e quando soube que a AMC acabara de lançar uma série sobre zumbis, quis assistir de cara. Confesso que as duas primeiras temporadas de The Walking Dead não surpreenderam. Alguns bons momentos de mistério, um susto aqui outro ali, um roteiro arrastado com histórias pouco envolventes (muitos personagens e pouco aprofundamento) não colocaram a saga de Rick e os sobreviventes entre as minhas favoritas.



Com a terceira temporada, no entanto, tudo foi diferente. Antes mesmo de o programa estrear, em outubro, houve muita especulação sobre o que aconteceria com o surgimento do maior vilão de todos os tempos (pelo menos nas HQs), o Governador. Ok, na televisão, o cara é quase um galã comparado às atrocidades que ele comete nos quadrinhos. Mas então existe o fato de relevar pois estamos falando de um programa de TV, em que o apelo da imagem pode ser muito mais forte e tal.

Últimos momentos de Lori ao lado de Carl
O fato é que mesmo com todas as adaptações, The Walking Dead conseguiu finalmente emplacar uma boa série de episódios, com destaque para o quarto capítulo em que os sobreviventes caem em uma emboscada na prisão e são atacados por zumbis. Não bastasse todo o drama de fugir, se defender e tomar sustos, Lori resolve ter o bebê de Shane. Ela perde muito sangue no parto e acaba morrendo, cabe ao anão (sim, porque Carl é um verdadeiro anão) acabar com a vida da mãe atirando na cabeça dela para evitar que a coitada vire zumbi.

Não existiu em toda a série um episódio mais chocante que este. É quase inacreditável a morte de Lori e é de fazer chorar assistir ao desespero de Rick quando descobre a tragédia.

Enfim, quatro episódios depois, a mid season finale de The Walking Dead e um desfecho totalmente inesperado. Ficava a dúvida sobre qual seria a adaptação para a televisão. Nesse episódio alguns detalhes foram bem adaptados para a TV, como a descoberta de Michonne sobre Penny, os aquários e a retirada do olho do Governador. (Na HQ, a coisa é muito mais séria. Michonne é pega como refém, sofre vários espancamentos, estupros e quase morre nas mãos do Governador. Todo o ódio que ela guarda é descontado quando ela, sorrateiramente, entra na casa dele, descobre os segredos tenebrosos e o tortura. Nessa história, ela arranca fora um olho, um braço e o pênis).

E qual foi a de Andrea? Durante os 55 minutos de episódio eu tentei entender o lado dela, mas só pensava como uma mulher poderia ser tão idiota? A personagem na HQ é bem mais esperta e melhor utilizada.

Enfim, os spoilers que apontavam o surgimento de Tyresse estavam certos. O homem apareceu junto com um grupo de sobreviventes no meio da mata que separa a prisão de Woodbury. Mais uma adaptação legal.

Cenas finais da mid season
E para terminar, o final não poderia ter sido melhor ao promover o reencontro dos irmãos Darly e Merle, personagens que não existem nos quadrinhos e, por isso, o suspense sobre qual será o desfecho deve permanecer até o próximo ano. Afinal, nem os maiores fãs e leitores das HQs vão saber o que acontece com eles. Mais um ponto para os roteiristas.

Colocar os dois lado a lado e, ao mesmo tempo, um contra o outro, foi sensacional. Quero só ver como os dois vão sair vivos dessa.

Sobre hqs e livro

A terceira temporada não só é uma das melhores de todos os tempos, como despertou meu interesse sobre os quadrinhos. Mas antes que eu quebrasse a resistência às hqs, eu optei por ler "A ascensão do Governador", que conta a história pregressa do vilão e como ele se tornou esse cara sem piedade e nojento. A leitura é bem massante, mas no final ela melhora e a última página faz você querer ler os quadrinhos e saber qual é a desse cara.

A HQ, por sua vez, é sensacional. A história é bem mais densa e cheia de detalhes. De tão atroz, alguns acontecimentos te deixam por minutos perplexo.

Para terminar uma coincidência que eu notei, o mid season finale recebe o título de Made to suffer, mesmo nome do volume oito da HQ, que também é o episódio oito da terceira temporada. Entretanto, o que acontece nessa edição só deve acontecer na TV lá para os últimos episódios do programa.


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Draper, amor e ódio



Mulheres submissas, universo machista reinando, racismo à flor da pele. Estes são alguns ingredientes da série da HBO Mad Men, que conta a história do publicitário Don Draper (o poderosíssimo Jon Hamm) a partir de sua rotina na agência de propaganda que é funcionário e, posteriormente, se torna um dos sócios. Draper é o melhor diretor de criação da Madison Avenue, em Nova York, e, por isso, é cobiçado pelas concorrentes e considerado referência na sua área profissional. Galã e boa pinta, o cara consegue ser lindo, charmoso e só.

O problema é que tudo em Don não tem um meio termo. Ou você ama ou você odeia. E por ser Mad Men um programa que relata o final da década de 1950 e início dos anos 1960, todos os valores levados em consideração naquela época são, hoje, veementemente criticados. Draper tem três filhos pequenos e uma linda mulher, Betty, que apesar de jovem e disposta ela não passa de uma dona de casa recalcada.

[A partir de agora o texto pode  conter SPOILERS]

Mas quando a senhora Draper se cansa do tédio e descobre que tem valor fora do casamento, ela parte para outra. Enquanto a mulher cuida do lar e dos filhos, Don segue vivendo a vida louca, com cigarros (sempre Lucky Strike), o bom e velho scotch e muitas mulheres para fazer jus a tanta masculinidade.

O casamento já não é mais essas coisas e até certo ponto Don e Betty estão juntos só por causa das crianças. O desfecho da história não poderia ser outro senão o término da união. Então na quinta temporada o público conhece um novo Draper, apaixonado pelo novo affair, dedicado aos trabalhos domésticos e, acreditem, fiel. Todo sentimento ambíguo das temporadas passadas são questionados na temporada mais recente da série.

Basta saber se o maior galã da TV na minha humilde opinião continuará arrancando suspiros da plateia feminina ou voltará a ser o mad man de outras épocas.

Sexta temporada

Embora o currículo dos criadores de Mad Men seja repleto de prêmios, entre eles o de Melhor Série Dramática pelo Emmy, o programa já passou por altos e baixos e, inclusive, foi ameaçado de ser cancelado na quarta temporada. Os investimentos eram exorbitantes e o canal de televisão questionou se tanto dinheiro valeria o programa. Lógico que sim. Após mais de um ano de intervalo e produção, Mad Men apresentou uma quinta temporada arrasadora. Com debates mais aprofundados sobre os Estados Unidos na década de 1960, o cenário cultural da época e, lógico, os conflitos dos personagens bem mais escancarados.

 O fato é que Mad Men não estreou em setembro, quando as séries costumam iniciar novas temporadas. Mais uma vez, a produção abidicou de alguns meses para entrar no ar com o melhor que a HBO pode proporcionar. A novidade é as filmagens começaram em outubro e o casal protagonista foi ao Havaí. O teor da viagem ainda é mistério. Mas as especulações giram em torno de uma segunda lua de mel, trabalho de Don ou Maggie e até um viagem brinde para os atores da série.

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Welcome to fucking Deadwood!


Deadwood não é para fracos. Esqueça aqueles spaghetti westerns antigos, com a imagem romântica do pistoleiro de mira perfeita e belos closes de câmera. Na série lançada pela HBO em 2004 e que durou até meados de 2007, os caubóis fedem, cospem na cara dos outros, brigam no punho até a morte, esfaqueiam pelas costas, martelam a mão do inimigo e jogam cadáveres para os porcos comerem. Depois, claro, ainda comem a carne assada do porco.

É nesse cenário realista que as três temporadas do programa trouxeram à tona o lado caótico do período conhecido como Velho Oeste, com corrupção política, assassinatos, prostituição e outros assuntos. Tudo isto gira em torno de um novo campo de mineração nos Estados Unidos chamado de Deadwood. Com a oportuindade de ganhar dinheiro, várias pessoas foram para a região, onde foi sendo criada, aos poucos, a cidade de mesmo nome.

Esta história aconteceu na vida real e o seriado traz personagens históricos como o xerife Seth Bullock (Timothy Olyphant, de Justified, Dreamcatcher e Hittman), o "empresário do ouro" George Hearst (Gerald McRaney), a aventureira Calamity Jane (Robin Weigert) e a lenda Wild Bil Hickock (Keith Carradine), um dos homens-da-lei mais conhecidos do Velho Oeste. Em Deadwood, é interessante ver a forma como os roteiristas abordaram o momento da morte de Hickock, que teve um forte impacto cultural (não vou dar maiores detalhes aqui para não mandar spoilers).

É no personagem Al Swearengen que a série vê seu ponto forte. O ator Ian McShane (The Pillars of the Earth) rouba a cena com uma atuação perfeita e apaixonante, impecável, talvez a melhor que eu tenha visto em programas americanos. McShane ganhou o Globo de Ouro pelo seu trabalho em 2004.

Outro fator importante está relacionado aos diálogos, muito bem elaborados e recheados em palavrões, que não são tão modernos. Ao invés do atual "motherfucker", as pessoas de Deadwood preferem "cocksucker". Ainda assim, as variações de "fuck" são mais utilizadas, como pode ser visto abaixo em um vídeo feito por fãs.

É uma pena que Deadwood tenha acabado após três temporadas. Ainda se especulou a possibilidade de serem produzidos filmes para fechar a história, mas a ideia não andou. Para quem gosta de bons seriados e boas atuações, tem de dar um jeito de assistir. Como diz Al Swearengen, "welcome to fucking deadwood!"

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A vida a sete palmos do chão


A Sete Palmos da Terra é uma expressão corriqueira utilizada quando alguém morre ou está prestes a deixar o mundo dos vivos para habitar o chão de um cemitério. Incoerentemente a morbidez das palavras foi escolhida para dar nome à série da HBO Six Feet Under, lançada em 2001 e concluída em 2005. Eu sei, faz é tempo que ela terminou e muitas pessoas nem sequer sabem que o programa televiso existiu. O interessante é que essa série é bem contraditória e foge totalmente do padrão das modinhas que são transmitidas hoje na TV. E embora o título remeta à morte, este é um programa que fala da vida e dos laços afetivos construídos enquanto respiramos.

Morbidez dos Fishers e agregados
Six Feet Under conta a história da família Fisher, que aparentemente tem valores bem conservadores, mas com alguns episódios descobre-se que tudo não passa de aparência. Em cada episódio, uma pessoa morre e os cuidados da vítima (maquiagem, velório, caixão, etc.) ficam por conta da funerária que funciona no subsolo da casa dos Fishers. O empreendimento é responsabilidade do patriarca da família, Nathaniel, que logo no primeiro episódio morre e passa seus bens, inclusive a funerária, para os filhos herdeiros, Dave e Nate.

A série aborda com muito delicadeza e sensibilidade a nova rotina da família, que foi pega de surpresa com a morte do pai e com a obrigação de seguir os planos de Nathaniel. A partir disso, os personagens são construídos cheios de conflitos, sobretudo, psicólogicos. E a cada episódio a gente percebe que a ficção não se restringe ao seriado. Descobre-se que os Fishers poderiam ser a família vizinha ou até nossa própria família.

HBO feelings

Claire, Nate, Ruth e Dave 
Six Feet Under é um produto de qualidade. Tem início, meio e fim. Ela não é como aquelas séries que se estendem temporadas a fio enrolando o coitado do telespectador. São cinco temporadas de aproximadamente 13 episódios cada. E 50 minutos de pura introspecção. Características da HBO, que só se mete a fazer produto de primeira.

Apesar do tema mórbido, o roteiro da série não é cansativo, pelo contrário. Há momentos de humor sarcástico e bem besta. Esta é uma narrativa humana. Complexa, cheia de erros cometidos pelos personagens, que são humanos e, por isso, fazem escolhas duvidosas e estragam relações. 

O melhor episode finale ever

Eu já assisti algumas séries, a maioria delas consegui chegar ao episódio final. Lost, que prendeu milhares de fãs ao longo das seis temporadas e criou muita expectativa em torno do que realmente aconteceu com os sobreviventes na ilha, depecionou com aquele final clichê, na minha opinião, vale lembrar. Agora, Six Feet Under arrasa com o melhor final de série de todos os tempos. Não posso contar muito para não dar spoiler caso alguém se interesse em assistir ao programa. Só posso reforçar que vale muito a pena separar um tempinho e conhecer a vida e morte dos Fishers.

Personagens


Claire Fisher (Lauren Ambrose) - Ela é a “menininha” da série apesar de não assumir o perfil da moça desprotegida. Claire é a filha caçula do casal Fisher, irmã de Nate e Dave e começa a série no auge dos seus 17 anos, terminando o equivalente ao ensino médio brasileiro. Ela é bem moderninha - ou até pós-moderna - e cheia de conflitos: sexuais, psicológicos, familiares.

David Fisher (Michael C. Hall) - Filho do meio da família, homossexual e o mais dedicado ao empreendimento deixado pelo pai. Além de ter na sua cabeça a opção sexual bem definida, Dave sofre e é tolhido pela congregação da igreja que  faz parte. Sim, ele é homessuxual e bastante religioso. Para quem gosta de Dexter, vai se divertir com outra versão do ator C. Hall, que também arrasa como gay.

Elenco principal da série
Nathaniel Fisher (Peter Krause) - Filho mais velho e rebelde. Saiu de casa muito jovem para ser independente em outra cidade, Seattle. Quando descobre que o pai falaceu, Nate retorna ao lar para se despedir do patriarca e cuidar da família, que sente muito sua ausência.

Ruth Fisher (Frances Conroy) - Matriarca dos Fishers e super conservadora com os três filhos. É como quase toda mãe, dona de casa que depende do marido para as despesas da casa. Parece que a viuvez a guiaria para um cenário ainda mais deplorável, mas Ruth toma um caminho que surpreende os filhos a cada episódio.

Keith Charles (Mathew St. Patrick) -Policial e namorado do Keith.

Frederico Diaz (Freddy Rodriguez) - Único funcionário da funerária Fisher. Ele fica tanto tempo trabalhando no subsolo da moradia que é praticamente um membro da família.

Brenda Chenowith (Rachel Griffiths) - A namorada louca e problemática de Nate.

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Quem é (foi) Nucky Thompson?

A HBO é conhecida por realizar um bom encontro de realidade e invenção em grande parte de suas séries. A ficção histórica traz um ar de reflexão sobre até que ponto o que está sendo visto na tela da TV (ou do computador) aconteceu ou não. Dentro desse contexto, vemos questionamentos surgirem em torno de vários personagens - um deles é o gângster Nucky Thompson, de Boardwalk Empire, interpretado pelo premiado Steve Buscemi.

Em meio à era de proibição de bebidas alcóolicas nos Estados Unidos, instituída no país em 1919, Nucky surge como o "dono" de Atlantic City, em New Jersey, pelo seu poder político e econômico de manipular e corromper pessoas. Com isto, faz seu comércio ilegal e constrói um império com a venda de álcool.

O personagem foi inspirado em Enoch L. Johnson  (1883 –1968), conhecido como Nucky Johnson. A mudança de nome para o seriado foi uma estratégia para que os roteiristas tivessem liberdade criativa e não precisassem se apegar a todos os detalhes. Mas ainda assim os principais traços de personalidade foram mantidos.

Nucky Johnson, o original, com gravata borboleta
Nucky Johnson era conhecido por ser generoso em gorjetas e dar dinheiro a pessoas necessitadas. Era um benfeitor para os mais distantes e tinha um estilo "paizão" para os mais próximos. Ainda assim, quando se tratava de negócios, era duro para manter o que havia conquistado, ainda que não exista registros de que tenha mandado matar alguém.

Na série, a versão ficcionalizada não só ordenou execuções, como também assassinou. Além disso, se viu envolvido em embates ou alianças estratégicas com outros poderosos do crime organizado na época. Quanto à vida pessoal, em Boardwalk Empire Nucky teve um segundo casamento em 1921, inexistente na realidade até 1941.

Boarwalk também tem outros chefes do crime organizado, como Johnny Torrio, Al Capone, Arnold Rothstein e Joe Masseria. A produção executiva é de Terence Winter e tem contribuição de ninguém menos que Martin Scorcese. A quarta temporada já está garantida. Para quem não conhece, segue abaixo o trailer legendado da primeira.

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