* com spoilers da primeira temporada
Bates Motel é uma boa série. A primeira temporada foi sensacional. Surpreendeu com uma história bem desenvolvida, o suspense inteligente e com personagens interessantes. A começar por Norma Bates (Vera Farmiga), a mãe de Norman e Dylan e matriarca da família Bates. Mulher bem descontrolada, realmente, mas não menos interessante. Aliás, é o jeito hiperbólico da personagem que a faz cativante. Queria toda mulher ter o poder de expressão/persuasão de Norma...ah se queria...
Aos poucos, você percebe que Norma não é tão louca quanto a história apresenta - propositadamente - nos primeiros capítulos. Quem assistiu Psicose e se interessou por Bates Motel ficou imaginando qual seria a personalidade da mãe do psicótico Norman. Seria ela tão perturbada quanto o filho? Talvez. Logo no primeiro capítulo a sensação que fica é de que ela é a responsável pela morte do marido. Coitado. Episódios depois descobre-se que Norman o assassinou após um surto.
Aliás, durantes os surtos, Norman vê e escuta sua mãe dando instruções de como se portar nas situações. No inconsciente do rapaz, é a mãe quem dá ordens para ele resolver os problemas à sua frente, geralmente se livrando (matando) o mal pela raiz. É o amor incondicional pela mãe que faz Norman cegar e enxergar apenas a querida mãe lhe dando ordens. Os surtos também são causados por algo ou alguém que a maltrate. Então surge toda uma explicação psicológica que eu, certamente, não saberei esclarecer.
Norman e Norma. É fácil confundir e é para confundir mesmo. Eu adorei Bates Motel, mas adorei ainda mais Norma. Ela é toda mulher, meio descontrolada, com os sentimentos à flor da pele, na iminência de explodir. Disposta a fazer qualquer coisa para salvar o filho. Qual mulher não se identifica? Abusada na infância, Norma escondeu o segredo a vida inteira. Sofreu calada. Como tantas mulheres sofrem todos os dias - por violência física ou moral. Todos os dias. Qual mulher, nesse mundo, não se identifica?
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