Hoje é dia de *Red Carpet e **Globo de Ouro. E nada melhor do que fazer uma breve análise das cinco candidatas (Breaking Bad, Boardwalk Empire, Downton Abbey, Homeland, The Newsroom) ao prêmio de melhor série dramática da TV, honraria mais prestigiada da noite. Embora atualmente meu programa preferido seja Breaking Bad, acredito que Homeland leva a melhor pela segunda vez consecutiva. Depois de Six Feet Under, jamais assisti algo tão bom quanto Breaking Bad, que mantém a qualidade dos episódios e não escorrega no roteiro.
Acho até injusto que durante os cinco anos de série, BB não conseguiu nenhum prêmio de melhor série sequer. E é justamente essa falta de crédito que faz com que eu torça pelo programa, apesar de o protagonista Bryan Cranston e o fofinho do Aaron Paul já garantirem os troféus de melhor ator e melhor ator coadjuvante, respectivamente.
Por outro lado, vejo que a homenagem não foi concedida a Breaking Bad pelo fato de o programa fazer apologia à violência e os personagens não ganharem nenhum castigo em detrimento dos crimes que cometem. É, a academia não revela, mas despreza a violência pela violência. Dexter e Boadwalk Empire são outros exemplos de séries que pelo mesmos motivos já foram indicadas, mas nunca levaram o troféu para casa.
Homeland, por sua vez, arrasou na segunda temporada e por isso é a grande favorita da noite. Falar do combate ao terrorismo com cenas dramáticas e cheia de ação é um feito digno de prêmio. Eu sou bem suspeita para falar de Homeland, porque ela é o tipo de série que eu adoro e me envolvo pela complexidade dos personagens. E por trabalhar tão bem com a desconstrução do pensamento maniqueísta é que deve levar o troféu pela segunda vez seguida.
Já Downton Abbey merece estar entre as melhores, mas não deve vencer a categoria. Esta é uma série maravilhosa, com ótima fotografia, ótimo roteiro, ótimo figurino. Tudo ótimo. O malabarismo que os diretores e roteiristas fazem para encaixar todos os personagens (aproximadamente vinte, todos do elenco principal) na trama sem deixá-la cansativa é um feito bastante honrável. E é justamente por ser bem regular e não perder a qualidade que DA figura entre as indicadas. "Apenas" isso.
The Newsroom é a novata entre os indicados. A série estreou ano passado com a proposta de apresentar a rotina de uma redação de televisão dos Estados Unidos. É boa, mas ainda não me ganhou a ponto de querer vê-la entre as melhores do ano. Até porque The Newsroom tirou o lugar de Game of Thrones, que eu amo, amo e amo.
A série não convenceu. Os diálogos são inteligentes demais, sempre audaciosos e rápidos, como se os repórteres fossem máquinas. Isso tudo deixa a série com um ar mentiroso. Ninguém conversa daquele jeito em lugar nenhum do mundo, muito menos em uma redação. Ninguém responde com tanta rispidez ao chefe. E as respostas sem eira nem beira são frequentes. Uma vez perdida...tudo bem, naquele momento que o repórter quer defender a pauta com unhas e dentes, mas isso não acontece sempre.
Seguem resumos das melhores do ano:
***Boardwalk Empire (2010) - Se Martin Scorcese e Terence Winter (roteirista de The Sopranos) se juntam só pode sair daí uma grande história sobre gângsters: Boardwalk Empire apresenta Enoch "Nucky" Thompson, contrabandista de bebidas em Atlantic City, nos anos 1920, quando vigorava a lei seca em todos os Estados Unidos. Nucky, uma mistura de político e mafioso, se empenha em construir seu império do contrabando. Mas para isso é preciso deflagrar muitas guerras, não confiar em ninguém e nunca hesitar em destruir os inimigos. Uma grande série em que não há lugar para os fracos (inclusive dentre os que assistem).
Por outro lado, vejo que a homenagem não foi concedida a Breaking Bad pelo fato de o programa fazer apologia à violência e os personagens não ganharem nenhum castigo em detrimento dos crimes que cometem. É, a academia não revela, mas despreza a violência pela violência. Dexter e Boadwalk Empire são outros exemplos de séries que pelo mesmos motivos já foram indicadas, mas nunca levaram o troféu para casa.
Homeland, por sua vez, arrasou na segunda temporada e por isso é a grande favorita da noite. Falar do combate ao terrorismo com cenas dramáticas e cheia de ação é um feito digno de prêmio. Eu sou bem suspeita para falar de Homeland, porque ela é o tipo de série que eu adoro e me envolvo pela complexidade dos personagens. E por trabalhar tão bem com a desconstrução do pensamento maniqueísta é que deve levar o troféu pela segunda vez seguida.
Já Downton Abbey merece estar entre as melhores, mas não deve vencer a categoria. Esta é uma série maravilhosa, com ótima fotografia, ótimo roteiro, ótimo figurino. Tudo ótimo. O malabarismo que os diretores e roteiristas fazem para encaixar todos os personagens (aproximadamente vinte, todos do elenco principal) na trama sem deixá-la cansativa é um feito bastante honrável. E é justamente por ser bem regular e não perder a qualidade que DA figura entre as indicadas. "Apenas" isso.
The Newsroom é a novata entre os indicados. A série estreou ano passado com a proposta de apresentar a rotina de uma redação de televisão dos Estados Unidos. É boa, mas ainda não me ganhou a ponto de querer vê-la entre as melhores do ano. Até porque The Newsroom tirou o lugar de Game of Thrones, que eu amo, amo e amo.
A série não convenceu. Os diálogos são inteligentes demais, sempre audaciosos e rápidos, como se os repórteres fossem máquinas. Isso tudo deixa a série com um ar mentiroso. Ninguém conversa daquele jeito em lugar nenhum do mundo, muito menos em uma redação. Ninguém responde com tanta rispidez ao chefe. E as respostas sem eira nem beira são frequentes. Uma vez perdida...tudo bem, naquele momento que o repórter quer defender a pauta com unhas e dentes, mas isso não acontece sempre.
Seguem resumos das melhores do ano:
***Boardwalk Empire (2010) - Se Martin Scorcese e Terence Winter (roteirista de The Sopranos) se juntam só pode sair daí uma grande história sobre gângsters: Boardwalk Empire apresenta Enoch "Nucky" Thompson, contrabandista de bebidas em Atlantic City, nos anos 1920, quando vigorava a lei seca em todos os Estados Unidos. Nucky, uma mistura de político e mafioso, se empenha em construir seu império do contrabando. Mas para isso é preciso deflagrar muitas guerras, não confiar em ninguém e nunca hesitar em destruir os inimigos. Uma grande série em que não há lugar para os fracos (inclusive dentre os que assistem).
Breaking Bad (2008) - Programa da AMC que conta a história de Walter White, professor de química de ensino médio bem frustrado. Quando Walt descobre que tem câncer no pulmão e não há muitas opções para se recuperar, ele começa a utilizar o vasto conhecimento para produzir metanfetamina e ingressa no universo do tráfico de drogas. Toda essa reviravolta ocorre porque o cara quer juntar dinheiro para garantir o futuro da mulher grávida, Skyler, e do filho que tem paralisia cerebral. Breaking Bad é sensacional. A trama passa em Albuquerque, no Novo México, região conhecida pelo domínio dos cartéis de droga e, consequentemente, pelo crime e mata-mata que cerca a área.
Downton Abbey (2010) - Série britânica produzida pela ITV, que é contada a partir de 1912 na vila chamada Downton. A região é administrada por Robert Crawley ou o Conde de Grantham. Ele é casado com Cora, com quem tem três filhas: Mary, Edith e Sibyl. Pela ausência de um herdeiro - filho homem - direto, a disputa em Downton gira em torno de quem ficará com a herança da família e, consequentemente, quem terá a responsabilidade de assumir a vila. A priori a função é destinada a um primo distante que ninguém conhece, Matthew, um advogado de classe média e pouco íntimo dos costumes aristocráticos dos Crawley. Downton Abbey é característica pelo grande número de personagens, pois além dos senhores, a rotina dos empregados da mansão é contada com muitos detalhes. O ponto alto da série é a relação entre senhores e empregados baseada na aristocracia britânica.
Homeland (2011) - O combate ao terrorismo nos Estados Unidos é um tema caro aos críticos da academia. Nesse quesito, Homeland saí na frente das demais séries. Aqui, temos o sargento Nicholas Brody conseguindo sobreviver a oito anos de prisão da Al-Qaeda. No entanto, a oficial de operações da CIA, Carrie Mathison desconfia veementemente que Brody na verdade é um terrorista e está à frente de um atentado à nação norte-americana. A proximidade durante a investigação faz com que Carrie se envolva com Brody e juntos vivam uma história que ultrapassa os limites de agente e seu objeto de investigação.
The Newsroom (2012) - A segunda série da HBO na disputa (a primeira é Boadwalk Empire) apresenta um tema pouco comum no universo televisivo. The Newsroom mostra a rotina de uma redação de uma emissora de televisão dos Estados Unidos, a ACN. Nela existe o âncora do telejornal com maior índice de audiência do país, Will McAvoy, a produtora MacKenzie McHale e toda equipe que ajuda a selecionar as notícias transmitidas. O diferencial da série é que cada episódio traz os bastidores de um grande marco histórico dos Estados Unidos. A maior exemplo é quando Osama Bin Laden é morto durante uma operação ultra secreta e o presidente Obama entra ao vivo para todo o mundo para divulgar a novidade.
* O Red Carpet será transmitido pelo canal E! a partir das 20h (horário de Brasília)
** O Globo de Ouro será transmitido pelo canal TNT a partir das 22h (horário de Brasília)
*** Colaboração de Cleonardo Maurício
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