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O que esperar desta temporada de Game of Thrones?





Finalmente temos Game of Thrones para animar as noites de domingo!! Antes do primeiro episódio, fizemos um vídeo com as expectativas dos colaboradores Pedro Torreão e Cleonardo Mauricio para a terceira temporada.

Vale ressalta que este é o ensaio que fizemos para os futuros comentários, que vão entrar no blog a partir desta semana!

Muitíssimo obrigada pela participação de Torreão e Cleonardo, que aceitaram o projeto de imediato e trabalharam duro para que o vídeo ficasse pronto.

A edição é Pedro Torreão e o roteiro é de Cleonardo Mauricio.




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Primeira promo de Mad Men


Dia 7 de abril é o lançamento da sétima temporada de Mad Men com duas horas de duração para o primeiro episódio. O tema do vídeo promocional é a felicidade dos personagens. É aquela velha história do "colega" que durante a festa só fala como a vida está uma maravilha, mas quando ele chega em casa se sente sozinho e infeliz. Todo o teatro é pura hipocrisia.

Os personagens de Mad Men têm muito dessa falsa felicidade. A começar pelo Don Draper, que passou anos sofrendo com um casamento de faxada e agora luta para ter uma vida "normal"com os filhos (agora muito distantes) e a nova esposa. Sem falar na empresa que é sócio e precisa comandá-la.

Durante o vídeo há outros personagens em situações legais e nem tão legais, a explicação, no entanto, encontra-se nas entrelinhas.

Foto promocional da sétima temporada 

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The Walking Dead e o episódio da redenção

Render-se é uma das tarefas mais difíceis na vida. Significa que você, eu, ele desistiu de tentar alcançar qualquer que seja o objetivo previamente traçado. O episódio 15, Sorrowful Life, da terceira temporada de The Walking Dead mostrou o final da saga de Merle. O personagem cansou de tentar decidir para qual lado iria guerrear, cansou de encarar os olhares desviados dos "colegas", cansou até da desconfiança do irmão Daryl. Em um mundo que o apocalipse zumbi dita as regras, render-se não pode  ter outro final que não seja  a morte.


Além de Merle, o episódio revela outra redenção: a de Rick. O pseudo-líder tropeçou na missão diversas vezes durante as três temporadas. Fez escolhas erradas, foi autoritário quando não deveria e, por isso, seu grupo poucas vezes lhe deu razão. Aliás, o cara perdeu a razão há muitos episódios e demonstra total incapacidade de cuidar dos dois filhos, tampouco de liderar um grupo de pelo menos 15 pessoas.

Rick fez a escolha errada ao tentar trocar Michonne pela paz com o Governador. Seria inocente e estúpido fazer a troca. Ele até cogitou fazê-la e comentou o fato com que não deveria: Merle. Os dois personagens, escorregadios, protagonizaram os acontecimentos do penúltimo episódio.

Quando já tinha voltado atrás na decisão - e ter se dado conta que Michonne é uma forte aliada bélica - Rick conversa com Merle, que aproveita a deixa para ele mesmo levar a personagem ao vilão. Desesperado, ele sempre soube que a atividade não o isentaria de uma vingança. Merle libera Michonne e segue sozinho ao encontro do antigo chefe. A estratégia de levar zumbis foi legal, mas não o suficiente para dar contar o exército inimigo. O Governador faz questão de matar com as próprias mãos o "traidor".

Merle se transforma em zumbi e quem o encontra é ninguém menos que Daryl, que tentou inutilmente deter o irmão.

Como os irmãos são os únicos personagens que não estão nas HQ's e a existência de um está atrelada à vida do outro - é o alguns críticos falam por aí -, fica a expectativa do que pode acontecer com Daryl. Não acredito que ele vai morrer, até porque o cara é o favorito de muita gente e a justificativa de que um depende do outro no programa cai por terra se levarmos em conta que Merle só retornou à série esta temporada. A construção de Daryl é boa o suficiente para se sustentar sozinha.


Mas o Surrowful Life não foi só tragédia. Glenn criou coragem e pediu Maggie em casamento. Ele pediu a mão a Hershel, pai dela e depois foi em busca da aliança na mão de uma zumbi.

Este foi o penúltimo episódio da temporada, que não mostrou a tortura de Andrea na cadeira do Governador e não deu pistas de como vai acontecer a guerra na season finale. Sobre esse ponto, acredito que enrolaram muito falando da tal guerra, da rivalidade entre os grupos e outras evidências duais.

Passou-se a temporada inteira lembrando os personagens antagonistas (Rick e o Governador) e a guerra que eles vão travar. Acabou que o melhor só vai acontecer no último momento e vai perder muito no quesito explorar momentos tensos, um dos carros-chefes do programa. Poderiam explorar muitos fatores sobre a disputa, mas com apenas 50 minutos de episódio, fica pouquíssimo tempo dedicado ao que se falou tanto.


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O Adnet não vai fazer tragédia


Marcelo Adnet é um dos melhores humoristas do Brasil na atualidade, isso ninguém duvida. O cara faz parte dessa nova geração de atores que reúne muita perspicácia e um ingrediente a mais que não sei explicar. Enfim, em 2013 ele inicia uma nova fase da carreira na Globo, que tentava conquistá-lo há pelo menos três anos. Na emissora, ele vai estrelar em O Dentista Mascarado. De dia o "doutor" atende seus pacientes e à noite ele combate o crime. A série é de Fernand aYoung e Alexandre Machado, que foram responsáveis por Os Normais (até hoje não entendo porque acabou, mas se tivesse continuado, vai, teria banalizado). 




Elenco da série global
Só gente de primeira envolvido no programa de Adnet. Tanta preocupação é para não estragar o talento do ator. Adnet é criativo, engajado, inteligente e tudo o que ele põe a mão fica fantástico. 

O elenco do Dentista Mascarado conta com o também humorista Leandro Hassum e Taís Araújo. Não sei o que ela faz nesse grupo, mas vou ser paciente e não tirar conclusões precipitadas. 

Sobre o Mascarado

Adnet foi revelado pela MTV (emissora que, inclusive, é conhecida por dar notoriedade a vários talentos que depois deixam a casa por conta dos baixos salários), há alguns anos. De lá para cá, o cara protagonizou diversos programas de comédia e cresceu profissionalmente pela arte do improviso. Ele fez 15 minutos, primórdios da carreira, Furfles on the Beach, Comédia MTV (que passou de um programa gravado para ser transmitido ao vivo, por causa de suas ideias), Adnet Ao Vivo e o Adnet Viaja. Esses dois últimos programas foram alvo de muito estudo sobre como realizá-los em termos de formato e estrutura. Eram projetos que Adnet tinha e deseja colocá-los à tona. Felizmente conseguiu e com muita maestria.

Além da história na MTV, de uns tempos para cá, Adnet fez várias participações em programas da Globo: Esquenta, Programa do Jô, A Diarista e até Malhação.

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TWD e a verdadeira personalidade do Governador



Agora sim, The Walking Dead revela a verdadeira personalidade do Governador. Um cara que não perdoa e é extremamente aterrorizante em atitudes e palavras. Só para ter uma ideia, no universo das HQ's, o Governador é considerado o maior vilão dos últimos tempos. Então, colocar o homem como um pacificador e negociante não condizia com a história oficial. Embora haja sempre aquela flexibilidade do leitor, pois aqui, trata-se de um programa de TV e para que ele seja aceito pelo grande público e, portanto, seja rentável, é necessários algumas adaptações.

Outro ponto positivo é o roteiro, que ganhou até trilha sonora. De uns três episódios para cá a qualidade de The Walking Dead aumentou potencialmente. Você consegue perceber que a câmera recebeu novas perspectivas, novos olhares e deixou a série mais bonita na tela. O que falar da última cena em que uma música conduz o telespectador pelo porão até onde o vilão montou seu "cantinho da tortura"? Com Andrea cuidadosamente presa/algemada na cadeira...

Última cena com Andrea algemada e pronta para ser torturada
Deu até para rememorar as leituras angustiantes das HQ's e sentir uma aversão ao Governador, sentimento que ainda não tinha despertado na temporada.

O Episódio

Não entendi o que tem a ver o flashback de Michonne e Andrea perdidas no meio do nada com a história do episódio. Tirando a montagem bonita utilizando as correntes, não vejo ligação da primeira cena com o resto do capítulo. 

Enfim, esse episódio serviu para mostrar a verdade personalidade do Governador. O que também explicará as maldades cometidas por ele quando a guerra finalmente começar. A iniciativa de Andrea em deixar Woodbury - meio tarde, afinal - e a perseguição do Governador foram os pontos altos do episódio. A sequência tensa no casarão deixa qualquer um nervoso. (Fazia tempo que isso não acontecia com The Walking Dead). 

Além disso, é bom lembrar que o roteiro preservou a qualidade mesmo só contemplando uma parte do elenco - o lado de Woodbury. Tyresse e seu grupo também ficaram na berlinda, embora eles ainda permaneçam do lado errado de acordo com a HQ. Seria necessário que eles virassem casaca novamente para equilibrar as forças, mas como isso não aconteceu até agora, é provável que não aconteça mais.

E o doutor finalmente fez algo de relevante. Queimou os zumbis que estavam prontos para atacar a prisão. É uma pena que o Governador seja esperto o suficiente para sacar quem o fez e é bem certo que o médico está na lista para sentar na cadeira do mal. 

Agora só faltam mais dois episódios para o final da terceira temporada, que evoluiu em praticamente todos os quesitos comparada com as outras temporadas. Acredito que os roteiristas vão segurar mais um episódio até chegar ao clímax da batalha final. E pelo que se pode observar no sneak peak, o próximo capítulo será centrado na prisão e na confiança que o grupo precisa ter com Merle.

O Governador das HQ's

Phillip chega em Woodbury por acaso no momento que os moradores decidiam, em assembleia, como ficaria a gestão da cidade. Phillip se coloca à frente do grupo e começa a administrar o local. Ele se auto-intitulando o "Governado". A partir daí ele se transforma em um homem sem meias palavras. O cara conduz Woodbury com uma ditadura irreversível. Reúne várias cabeças (vivas) de suas vítimas em aquários. Guarda sua filhinha-zumbi Penny e mata pessoas para que a menina possa "sobreviver" bem alimentada. 

A vida só tem sentido para ele enquanto Penny ainda é zumbi. A partir do momento em que Michonne mata sua filha, ele surta ainda mais e vai buscar a vingança que tanto deseja.

O personagem nos quadrinhos e na hora da batalha final

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Novo vídeo de Game of Thrones


Só faltam 15 dias para o lançamento da terceira temporada de Game of Thrones. A contagem regressiva continua e para deixar os fãs ainda mais ansiosos, a HBO soltou novo vídeo promocional. Só são 30 segundo em que se pode imaginar que vem muita guerra entre as famílias dos Sete Reinos.

Para mim, o terceiro livro foi o melhor. Tanto que ele será dividido em duas temporadas da série, a terceira e a quarta. Não pelo fato de ser o melhor, mas pelo fato de muitas coisas acontecerem com os personagens - todos os acontecimentos o tornam especial, lógico. Principalmente com o rei Joffrey Baratheon, Dany Targaryen, Jon Snow, Tyrion Lanister, Sansa, enfim. São muitos personagens e cada um deles  vai passar por grandes aventuras e surpresas (in)desejáveis, dependendo do ponto de vista.

Sem mais, para não estragar a surpresa.


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Mad Men retorna em abril

Maggie e Don em cenas gravadas no Hawaí, no outubro passado. 
A notícia da semana é, sem dúvida, a data marcada para o retorno de Mad Men. Sem delongas, a season premiere da sexta temporada será no dia 7 de abril e o episódio terá duas horas de duração. Menos de um mês para a HBO ficar mais atrativa com a chegada de Don Draper (Jon Hamm). Bom, como acontece em todo nova temporada, os produtores não revelaram qual será a temática da vez e o que acontecerá com os personagens nos primeiros capítulos. O mistérios faz parte do negócio de manter o público interessado e até dá certo, visto que o programa é um dos melhores dos últimos anos.

A única coisa que se sabe até então é que houve cenas gravadas no Hawaí, no outubro passado. Especularam que a viagem seriam as férias de Draper e Maggie ou até que a modelo conseguiu alavancar a carreira como modelo e estava na ilha a trabalho. Don que não é besta, acompanhou a esposa na empreitada. Enfim, falaram também que a viagem não tinha nada a ver com gravações do programa e seria apenas um brinde para o elenco de Mad Men, presente dos patrocinadores. Ok!

Além da data, o primeiro poster foi divulgado. Nele há algumas pistas do que pode acontecer na temporada. Existem dois Dons (opostos). O primeiro segue em frente desconfiado do seu antagonista ou até da polícia, localizada mais atrás. Ao lado dele uma mulher não identificada. E como a placa assegura, apenas um caminho será possível para o personagem.

Em entrevista concedida ao The Daily Beast, o produtor Matthew Weiner avisou que talvez seja necessário assistir novamente os últimos 10 minutos da quinta temporada para se situar nos novos acontecimentos. Só uma dica. Além disso, falou-se em um salto no tempo, não se sabe quantos meses ou anos à frente. 

Poster do lançamento da sexta temporada. 

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Promo de Go On com "Monica" e "Chandler"


Finalmente um vídeo promocional com a participação de Courteney Cox em Go On foi divulgado. Além dele, a data de transmissão do episódio especial já foi definida: próximo dia 2 de abril. O que já foi adiantado é que vão tentar "arrumar" a personagem de Cox para Ryan, o viúvo interpretado por Matthew Perry. Enfim, vai ser legal reencontrar o casal na televisão. Mas confesso que eu gostaria de assistir uma versão bem fiel de Monica e Chandler.

Fiel no sentido de os personagens assumirem a mesma personalidade do passado. Não será assim tão complicado, pois Ryan é tão sarcástico quando Chandler (os dois são bem parecidos mesmo) e essa visita poderia vir como uma Monica controladora e com mania de organização.

Os fãs de Friends agradeceriam a homenagem e a lembrança.

Foto tirada nos bastidores da gravação do episódio, no início de fevereiro. 

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Em nome do sobrenome


Família McCoy
Não tem pra como esconder. Sou fã assumido de westerns... Ou velho-oeste, para quem preferir. E quem é assim não pode deixar de assistir a minissérie Hatfields & McCoys. Só que não vou escrever esse texto para quem gosta, mas para incentivar outras pessoas a conferir a produção do canal History, dividida em três partes de aproximadamente duas horas cada.

Podemos começar por algo importante: as atuações. H&M garantiu indicações a Kevin Costner e Bill Paxton para melhor ator principal na última edição do Emmy. Kevin Costner levou a estatueta pela bela interpretação de "Devil Anse" Hattfield.

Aproveitando, uma contextualização. H&M conta a origem, desenvolvimento e desfecho de um dos maiores feudos familiares da história dos Estados Unidos. A briga, que durou de 1863 a 1891, gerou ataques e causou a morte de 12 pessoas, com direito a casa incendiada, assassinato em festa e paredão de fuzilamento. Tudo em "nome do sobrenome".

Família Hattfield
Devil Hanse é o patriarca da família Hattfield, enquanto Randolph "Randall" McCoy (Bill Paxton) é o nome maior dos McCoy. Antes companheiros na Guerra Civil Americana, eles se vêem divididos depois de desentendimentos  alguns banais, como um porco roubado, e outros nem tanto. A partir daí, o conceito de Justiça é moldado da forma como eles bem entenderem em um espaço de terra entre West Virginia e Kentucky.

O feudo se desenvolve com inúmeras reviravoltas de pequeno ou grande porte. Um dos pontos fortes da minissérie é que ao mesmo tempo em que os personagens parecem ir se acalmando, uma forte tensão vai surgindo. E, inevitavelmente, em um mundo em que as armas eram a verdadeira lei e ninguém levava desaforo para casa, precipitações liberavam o inferno além de levar os de mente fraca à loucura.

Roeanna e Johnse
Dentro disso, existe uma história de amor entre os filhos dos rivais: Roseanna McCoy (Lindsay Pulsipher) e Johnson "Johnse" Hatfield (Matt Barr). Por mais que possa soar clichê, essa história aconteceu de verdade, provando que o amor real nunca fugiu (ou fugirá) da pieguice. Esta união é o combustível para outros embates violentos.

Neste ponto, uma observação importante. Matt Bar conseguiu criar uma interpretação curiosa para Johnse. Idiota e tomado pela paixão, ele faz caras e bocas que podem parecer estranhas no começo, mas que vão se mostrando reais à confusão de um personagem de bom coração preso em uma realidade sangrenta.

Por último, a produção tem um tratamento de imagem interessante, com um tom de sépia vintage, dando um ar seco e amargo à história. Lembra um pouco o que é utilizado em boa parte da aclamada Band of Brothers, que será tema de um artigo aqui no futuro.

H&M também levou o Emmy de ator coadjuvante para Tom Berenger como Jim Vance, tio de Devil Hanse, melhor maquiagem e edição de camera no episódio 2. Além disso, houve indicações de Melhor Minissérie, Direção, Atriz Coadjuvante (Mare Winningham, como Sally McCoy), Roteiro (pelo episódio 2) e outras de questão técnica.

Eu sempre gosto de ir correndo para os Wikipedias da vida após assistir uma produção baseada em fatos reais da história. Se você também é assim, terá um prato cheio com  Hatfields & McCoys.
 

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Hitchcock em série de TV



Quem conhece o cinema de Alfred Hitchcock sabe a preciosidade com que ele produz o suspense sem necessariamente assustar com o BUH que esses filmes contemporâneos fazem e não convencem. Quem conhece Hitchcock também deve saber que Psicose é o grande clássico e talvez o filme mais conhecido do cineasta. A novidade é que a história vai ganhar um prelúdio em versão televisiva: a série é Bates Motel.

O roteiro de Psicose é impecável (não vou revela muito caso alguém não tenha assistido ainda), com uma mistura de suspense, mistério, mocinha morrendo no banho (o que resultou em uma das cenas mais populares do mundo cinematográfico) e o que eu acho melhor, uma explicação do desfecho baseada na psicanálise. Então, com tanta coisa boa envolvida, Hitchcock e Psicose vão ser revelados por Bates Motel, que vai contar a adolescência de Norman e a relação com a mãe.

Para que não sabe o título da série, Bates Motel, é o nome da pousada onde Marion Crane passa a noite após roubar $ 40 do chefe. Ao lado do local está a mansão onde moram mãe e filho. Sozinhos em uma casa tão grande, o cenário se revela bem sombrio ao longo do filme, pois uma série de mistérios surgem.  O programa é produzido pela Universal através de Carlton Cuse (Lost) e Kerry Ehrin (Parenthood).

Quem  interpreta o personagem principal é Freddie Highmore, o meninininho que fez A fantástica fábrica de chocolate e Em busca da Terra do Nunca, os dois ao lado do gênio Johnny Depp. Quem interpreta a mãe, por sua vez, é Vera Farmiga, que fez outras séries sem popularidade e o filme Amor nas Alturas, com George Clooney. 

Nos Estados Unidos Bates Motel estreia no dia 18 de março, próxima segunda-feira. Já no Brasil, a série ainda não tem previsão de lançamento. A verdade é que os fãs de Hitchcock já estão em polvorosa aguardando o suspense que o programa promete. 



A novidade boa é que contrário das outras séries, o episódio piloto não foi produzido e sim encomendado. Do mesmo modo que toda a primeira temporada o foi. Estão garantidos 10 capítulos e suas respectivas transmissões pela Universal. Sem qualquer tipo de contestação.



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A viagem no tempo em Downton Abbey

Elenco principal da série na primeira temporada: 17 personagens 
Acabo de assistir a season finale da terceira temporada de Downton Abbey e minha vontade é fazer um comentário baseado nos fatos recentes da série. Contar o quão boa ela é e mostrar isso pelos acostecimentos da terceira temporada. Mas eu prefiro relatar os pontos positivos do programa sem soltar spoilers, pois sei que Downton não é popular e pouquíssimas pessoas conhecem ou já ouviram falar dela.

Então, Downton Abbey é uma série britânica que conta a rotina de uma família aristocrata do início do século XX. Robert é o patriarca dos Crawley e proprietário da mansão que dá nome à série. O personagem é casado com Dora e pai de três filhas (Mary, Edith e Sybil). A ausência de um filho homem faz com que a preocupação de Robert seja casar o herdeiro - o seu parente masculino mais próximo - com a filha mais velha, Mary, para que a sucessão de seus bens seja garantida com sucesso.

O problema é que o primo mais próximo à Robert morre em um acidente e a administração de Downton cai no colo do advogado classe média Matthew. Ele não tem nenhuma simpatia com os padrões altamente aristocráticos da família e ingressá-lo aos novos costumes é tarefa difícil. Lógico que essa é só uma pequena parte da história. Aos longo da série os conflitos históricos serão abordados com muita maestria. Questões de preconceito de gênero, oposição política e social com os irlandeses, padrões comportamentais da Europa do século passado e o avanço tecnológico são alguns tópicos retratados na série (se eu revelar mais será spoiler).

Downton Abbey também é lembrada pelo número elevado de personagens e, principalmente, pelo excelente roteiro. Afinal, eles conseguem encaixar cerca de 15 narrativas em um único programa sem deixá-lo confuso ou entediante.

Figurino e cenário

A série é tão boa que já foi indicada a melhor série drama duas vezes e já ganhou o prêmio de melhor mini-série ou filme para televisão. O último prêmio conquistado pelo programa foi com a atriz Maggie Smith (a eterna Minerva MCGonagall de Harry Potter), que venceu o Emmy de melhor atriz coadjuvante. O papel dela é um dos melhores da série, realmente. Sabe a avó sarcástica que a maioria das pessoas têm? Pronto, Maggie interpreta a mãe de Robert, a condessa viúva que está presente em todos os momentos. Com tiradas inteligentes e humanas. Downton Abbey não seria a mesma sem a presença da atriz, nem conheço outro grande nome que poderia interpretar seu personagem.

Além disso, o programa tem cenário e figurino impecáveis. Cada episódio tem cerca de 60 minutos e durante esse tempo o telespectador faz uma verdadeira viagem no tempo.

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Me empreste seus ouvidos e eu te contarei sobre Anos Incríveis




Texto por Rodolfo Nícolas*

Não me lembro se foi depois da casa de leão ou quando Shiryu furou seus olhos, mas teve uma segunda-feira em que minha mãe me colocou de castigo e, após Cavaleiros do Zodíaco, eu não pude ir à rua para fazer arruaça com meus amigos maloqueiros. Os botões da televisão, como sempre, estavam ao alcance dos meus pés e fiquei zappeando até parar na TV Cultura e ouvir Joe Cocker e sua voz rouca cantando o clássico dos Beatles. (Claro que só soube desses detalhes da música e do cantor anos depois). Começava ali, com o primeiro episódio de Anos Incríveis - The Wonder Years, no original -, uma saga que eu acompanharia de episódio em episódio (ráááá, garanto que ninguém fez um introdução tão dramática com o nome do blog).

Em Anos Incríveis, Kevin Arnold narra a história da vida dele. Começando quando era um pré-adolescente preocupado em não apanhar de seu irmão mais velho e carrasco Wayne até o início da fase adulta e as preocupações com as namoradas, os empregos, a faculdade e tudo o mais. A série começa na época da Guerra do Vietnã e isso é percebido em vários episódios, principalmente nos que têm a participação de sua irmã hippie Karen. Completando o núcleo familiar, um pai durão (Jack) e uma mãe meiga e submissa (Norma) ao esposo, que vive completamente dedicada a ele e aos filhos.

Em grande parte do seriado são narradas as aventuras colegiais de Kevin, sua namoradinha, Winnie Cooper, e seu amigo Paul (que não é o Marilyn Mason). São mostrados grandes momentos de amizade e companheirismo entre eles, sem contar as bitocas e beijocas entre um dos pares românticos mais famosos das séries de TV. Lembro que gostava muito da química entre Paul e Kevin, o primeiro sendo atrapalhado e desengonçado e o segundo tentando ser legal e popular, o que contrastava muito com as atitudes do amigo de feições engraçadas e comportamento desprendido. Um dos melhores episódios é quando Paul convida Kevin para o seu Bar Mitzvah (bem antes do Nissim Ourfali) e eles vivem um choque cultural.

Mas, como todo mundo, Kevin cresce e o tempo passa para todos ao seu redor. Seu avô morre, Karen se casa e vai morar longe, aparecem uns sobrinhos, seu pai tem problemas no estômago (e também um estilhaço de granada na perna)... Winnie se muda para longe, namora com outras pessoas e, eventualmente, reata com nosso protagonista para depois acabar e começar tudo de novo. Paul vai fazer faculdade em outro lugar e não se dá muito bem com os novos amigos de seu melhor amigo de infância.

A série mostra o crescimento de Kevin e as mudanças das pessoas e do mundo ao seu redor de forma memorável. Apesar de ser um jovem alegre e sorridente, nem tudo em sua vida é só felicidade. Ele passa por momentos difíceis na série, como encarar a velhice de seu avô e não saber como ajudá-lo. Em alguns momentos, verdadeiras lições são dadas, como quando ele passou um dia no escritório do seu pai e finalmente compreende o motivo de, algumas vezes, ele chegar em casa estressado e querer apenas o silêncio para desligar a mente vendo TV (nem sempre é fácil se colocar no lugar do outro).  Logo no primeiro episódio um dos seu ídolos infantis morre de forma trágica.

Com uma trilha sonora sensacional (que é um dos motivos de não existir um box da série, pois torna impraticável pagar direitos autorais a tanta gente), Anos Incríveis é um clássico do mundo das séries e é muito recomendado para quem quer ver algo emocionante e divertido. Tudo é muito bem amarrado por ótimos roteiros, que dão uma aura mitológica a série. Muita coisa é lembrada tempos depois e tudo faz sentido nos encontros e desencontros da história.

Kevin vive Anos Incríveis no decorrer da série, assim como todos nós. A diferença é que às vezes não paramos para nos dar conta ou lembrar disso.

* Rodolfo Nícolas é um dos criadores do blog RecifEstranho e sempre se identificou quando chamavam Kevin de Sr. Anold...

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